Esquerda☭ OnLine


Jornal eletrônico voltado à região metropolitana do Rio de Janeiro produzido pelo coletivo Reage Socialista.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Plenária do Mandato Renatinho




No próximo dia 24/05, no Plenário da Câmara Municipal de Niterói, o mandato do Ver. Renatinho irá realizar a sua Plenária. A atividade é aberta a todos os que queiram participar e contribuir com os rumos desse mandato popular. Tendo por eixo “O Psol e as eleições: perspectivas para 2010”, debateremos na ocasião quais serão nossas bandeiras e prioridades de intervenção para construir uma sociedade mais justa e solidária. Foram convidados os parlamentares do Psol: Chico Alencar (dep. Federal), Marcelo Freixo (dep.Estadual) e Eliomar (Vereador/Rj). Além disso, já confirmaram presença, o jornalista Milton Temer (pré-candidato ao Senado) , o sociólogo Jefferson Moura (pré-candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro) e Paulo Eduardo Gomes (presidente do Psol Niterói).
Em busca de uma Grande Política para a cidade de Niterói, contamos com todos os setores da sociedade civil e movimentos sociais aliados dos trabalhadores de nossa cidade e estado. Tod@s lá!

Data: 24/05
Horário: 18:00
Local: Plenário da Câmara Municipal de Niterói. Av. Amaral Peixoto, 625, Centro, Niterói,Rj.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Plínio reafirma força da internet e defende “soluções reais”




Publicado no site: http://pliniopresidente.com

Durante sua participação na plenária organizada pelo mandato do deputado estadual Raul Marcelo (líder do PSOL na Alesp) neste sábado, Plínio Arruda Sampaio ressaltou a importância da internet para a divulgação das propostas partidárias e das pré-candidaturas do PSOL – em contraposição ao bloqueio da mídia grande, que tenta consolidar junto à população a existência de apenas três candidaturas que defendem o mesmo projeto: Dilma (PT), Serra (PSDB) e Marina (PV). O pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL defendeu que, nos debates eleitorais, o partido deve defender “as soluções reais para os problemas brasileiros” e não se enquadrar nos limites impostos pelas candidaturas do status quo.

Plínio destacou ainda a importância de buscar reeleger os deputados federais e estaduais que o PSOL tem hoje no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas do Rio de Janeiro e de São Paulo, para dar continuidade à ação parlamentar como representação dos movimentos sociais.

Para Plínio, “a situação é difícil, o socialismo está em crise e temos um governo popular e uma parte da população que acha que as coisas vão bem. Mas temos que mostrar o outro lado do nosso país. Esse sistema de saúde horroroso, que a pessoa demora seis meses para conseguir uma consulta, a educação que está uma calamidade. E mostrar que não existem soluções moderadas para os problemas do Brasil. Eles se agravaram tanto que não tem saída fácil. Vamos apresentar um programa de soluções reais e, portanto, difíceis. Porque não há saída no capitalismo”.

Participaram do debate promovido pelo deputado Raul Marcelo, além do próprio parlamentar e de Plínio, o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Gilmar Mauro, o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, a servidora do INSS e representante da Intersindical Júnia Gouvêa, o coordenador da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo, Paulo Pedrini, e o coordenador da União de Núcleos de Educação Popular para Negros/as e Classe Trabalhadora (Uneafro) Douglas Belchior.

No evento, foram ressaltados a importância dos movimentos sociais combativos para enfrentar a realidade atual e buscar construir mecanismos de unificação das lutas e da organização dos trabalhadores. Destacou-se na maioria das falas a criação da nova central sindical que será fundada na cidade de Santos, Baixada Santista, nos dias 5 e 6 de junho, como alternativa à evolução governista da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Também foi defendida a reorganização de um fórum nacional de lutas que articule os movimentos sociais que não estarão organizados na nova entidade sindical.
E Plínio comprometeu-se mais uma vez a fazer de sua campanha, a partir de julho, porta voz das reivindicações dos trabalhadores e da luta pelo socialismo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Comunidades de Niterói lotam a Câmara Municipal para exigir medidas imediatas da Prefeitura






Desenvolver um cronograma de ações de curto, médio e longo prazos para solucionar os problemas das localidades atingidas pelas chuvas e das áreas de risco. Essa foi a principal decisão da audiência pública sobre as tragédias em Niterói. A atividade dessa noite de quarta, 28 de abril, reuniu mais de 15 comunidades e diversas organizações e movimentos populares. Os representantes da prefeitura e do governo do Estado não compareceram, mesmo tendo sido formalmente convidados. Ao ser anunciada a ausência dos representantes do poder executivo municipal, o público se revoltou e cantaram músicas chamando o prefeito Jorge Roberto e seu secretariado de quadrilha.

- Se isso é um caso de amor (alusão ao slogan de campanha do prefeito), imagina quando ele tiver ódio – questiona Francisco, representante da Associação de Vítimas de Morro do Bumba. Essa fala expressou a indignação da população de Niterói com a omissão da prefeitura. Até hoje o prefeito Jorge Roberto Silveira não recebeu ainda o Comitê de Mobilização e Solidariedade das Comunidades e Favelas de Niterói, fórum que vem agregando a população atingida pela chuva e diversas organizações e movimentos sociais da cidade.

Mais de 300 pessoas lotaram as dependências da Câmara em busca de respostas. Foi necessária inclusive a colocação de um telão fora do plenário para que as outras pessoas que não conseguiram entrar assistissem. Beltrão, Travessa Iara, Bumba, Caramujo, Morro do Céu, Rua 340, Chapa Quente, Caixa D’Água, Tenente Jardim, Cafubá, Grota do Surucucu, Morro do Estado, Boavista, Fonseca foram algumas das comunidades que relataram a situação de seus bairros. Além das mortes por soterramento e das perdas dos lares, o abandono das áreas pobres da cidade abre espaço para a contaminação do abastecimento de água e o alastramento de doenças como a dengue e a leptospirose.

Na presidência dos trabalhos, Marcelo Freixo foi sucinto ao comentar as ausências. Ao não comparecer a uma audiência pública, o deputado do PSOL entende que as autoridades assumem o ônus de se ausentar de um espaço formal de debate com a população.

- Em Niterói, a estrutura de poder tem digital e número de CPF. O Jorge Roberto e seus seguidores estão há 20 anos na prefeitura – contextualiza Freixo, ovacionado por longa salva de palmas. Ele continua: “Essa audiência tem o objetivo de apontar soluções concretas, imediatas e estruturantes. Temos que buscar a resolução dos problemas desses locais gravemente atingidas pelas chuvas e pelo descaso do poder público. Todas as pessoas que falaram aqui foram indicadas pelas próprias comunidades, além de entidades históricas de luta da cidade como o SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) e o CCOB (Conselho Comunitário da Orla da Baía de Niterói).”
“No Centro de Niterói existe um enorme estoque de imóveis vazios ou subutilizados”

Mesmo com a ausência da prefeitura e do governo do Estado, a presença de instituições acadêmicas e jurídicas na mesa da audiência contribuiu com propostas e ações . A professora Regina Bienenstein, do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos da UFF, relembrou que o NEPHU apresentou antes dessa tragédia um Plano Municipal de Contenção de Risco à prefeitura. A proposta foi ignorada. Ela ainda destaca sua preocupação para a falta de abertura do poder local à participação da sociedade civil na resolução dos problemas.

- Numa situação como a que vivemos hoje, o Conselho de Política Urbana da cidade (composto por representações da prefeitura e sociedade civil) deveria ter sido chamado para uma reunião em regime de emergência. Mas pelo contrário, o CONPUR não se encontra desde o ano passado. Temos soluções que precisam ser encaminhadas. No Centro de Niterói existe um enorme estoque de imóveis vazios ou subutilizados pelo bel prazer dos especuladores imobiliários. A destinação desses espaços para moradia popular é urgente. Propomos que 5% do orçamento municipal fosse carimbado para habitação, mais uma proposta rejeitada – explica Bienestein, que apresenta mais uma preocupação: “A solução para os assentamentos não é a remoção. O que a mídia coloca como solução é jogar os mais pobres para as periferias mais distantes, longe do trabalho, sem transporte digno, sem acesso aos serviços públicos de saúde, educação e lazer.”

Maria Lúcia, representante da Defensoria Pública, denunciou a lógica das autoridades que só reconhecem a política de extermínio de classe: “Por que essas tragédias foram só em cima dos pobres? Por que só os pobres morreram?” A defensora ainda alerta para a aberração que representa a interdição das casas pelos próprios moradores: “A auto-interdição é um absurdo. A prefeitura emitir um documento de interdição de casa apenas pelo relato do cidadão, sem vistoriar e analisar a moradia, só corrobora com a lógica de varrer a população para longe das áreas centrais. O poder executivo usa esses documentos para eximir sua responsabilidade em futuras catástrofes, mas apresenta uma alternativa de moradia digna para essa população.” A Promotoria Pública de Niterói também se fez presente. O promotor Cláudio Henrique Viana mostrou-se solícito as denúncias apresentadas e destacou a importância dessa mobilização para o fortalecimento de ações jurídicas também.


Fonte: Agência Petroleira de Notícias