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Jornal eletrônico voltado à região metropolitana do Rio de Janeiro produzido pelo coletivo Reage Socialista.

sábado, 11 de julho de 2009

Entrevista com Paulo Eduardo Gomes


“SEREI PRESIDENTE DO PSOL PARA FORTALECER O PARTIDO NO ENFRENTAMENTO AO GOVERNO POPULISTA DE JORGE ROBERTO (PDT)”

Jornal Esquerda – Qual a sua expectativa para II Congresso do PSOL?
Paulo Eduardo: Considero que este congresso será uma excelente oportunidade para o PSOL avançar na discussão programática de uma alternativa socialista. A crise capitalista atual abre espaço para apresentarmos uma proposta radical de mudança na qual a sociedade deixe de se organizar pelo objetivo lucrativo da produção de mercadorias e coloque a satisfação das necessidades humanas no centro do planejamento social.

JE – É possível com todas as diferenças entre as correntes internas partidárias se chegar a um programa comum?
Paulo Eduardo: É sempre difícil esta construção. No entanto, esse programa é mais do que nunca necessário. Ele começa a ser erguido na agenda de lutas comum dos trabalhadores na resistência aos ataques capitalistas. Este programa é essencial para garantir uma maior unidade
interna do PSOL e impulsionar o avanço das lutas populares.

JE – O senhor será candidato a presidência do PSOL de Niterói como noticiou a imprensa local?
Paulo Eduardo: Depois de ser vereador por oito anos e duas vezes candidato a prefeito da cidade, me coloco a disposição do partido no que for necessário para ajudar a fortalecer o PSOL. Fui procurado por diversos militantes e correntes partidárias que me indagaram sobre a possibilidade de minha candidatura. Respondi que aceito trabalhar pela unidade do partido que é indispensável para apresentarmos a população de Niterói um projeto de mudança de verdade da cidade. Se for nesse sentido, serei presidente do PSOL para fortalecer o partido no enfrentamento ao governo populista de Jorge Roberto (PDT).

JE – Qual o papel do PSOL no enfrentamento da crise economica?
Paulo Eduardo: Temos o dever de alertar a população que as soluções para a crise até agora só tem servido para salvar os grandes empresários capitalistas. As isenções de IPI, por exemplo, diminuem as verbas orçamentárias da área social. Os empréstimos do BNDES destinam bilhões de reais para as grandes empresas enquanto falta dinheiro para a reforma agrária e o financiamento dos pequenos empreendimentos da população. Além do mais, estas empresas continuam a demitir os trabalhadores. Essas soluções são paliativas e, portanto, apenas adiam o problema. O déficit público dos grandes Estados aumentou exponencialmente o que certamente levará no futuro a novos ataques aos direitos dos trabalhadores.

JE – Por que o senhor assina a tese 4 (“Colocar o socialismo na ordem do dia”)?
Paulo Eduardo: Como afirmei anteriormente, considero que nossa tarefa atual é justamente colocar o socialismo na ordem do dia. O socialismo é a única solução definitiva para as mazelas capitalistas. Essa é a tese central do Bloco de Resistência Socialista que integramos com outras correntes políticas e militantes independentes de diversos estados do Brasil. Consideramos também que devemos aumentar a democracia e a organização partidárias através dos núcleos e da instituição de política de finanças. O PSOL não deve custear as suas atividades políticas com o dinheiro de doações de empresas mas, sim, com a contribuição militante. Devemos ainda estimular a formação
política e a comunicação de massa. Se avançarmos em alguns desses pontos, avançaremos também na luta socialista.

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